NOTÍCIA
04 de Abril de 2024
Quanto mais diversidade, melhor”, diz primeira pesquisadora negra a atingir o nível mais alto do CNPq
Rosy Mary é professora do Departamento de Botânica do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas Gerais
Nascida em uma família de classe média no Rio de Janeiro, Rosy Mary dos Santos Isaias fez história, tornando-se a primeira pesquisadora negra a alcançar o nível mais alto do programa de Produtividade em Pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Graduada em Biologia e com mestrado e doutorado em Botânica, ela se destaca como uma das principais cientistas do Brasil em sua área.
Atualmente, Rosy Mary é professora do departamento de botânica do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas Gerais. Seu grupo de pesquisa concentra-se no estudo das galhas, pequenos tumores vegetais resultantes da interação com alguns insetos. Ao ser questionada sobre a importância da pesquisa básica, ela é enfática. Sem plantas, não há como avançar, declara. Precisamos compreender esses seres altamente complexos que nos fornecem roupas, móveis, alimentos e oxigênio. É assim que a humanidade progride.
Rosy enfatiza a importância da representatividade na academia, destacando como sua própria trajetória serve de inspiração para outras meninas negras que sonham em seguir carreira na ciência. Ela acredita estar abrindo uma fila para futuras gerações, demonstrando que é possível alcançar posições de destaque na comunidade científica, independentemente da cor da pele.
Apesar dos desafios enfrentados em um ambiente acadêmico por vezes hostil ou desencorajador para minorias, Rosy manteve-se firme em seu propósito. Sua motivação para superar obstáculos veio tanto do desejo de ser uma excelente professora quanto da necessidade de construir um histórico de pesquisa robusto. Essa determinação foi fortalecida pela inspiração que encontrou em seus alunos e pelo compromisso de contribuir para uma academia mais inclusiva e diversificada.
Veja o texto na íntegra: Jornal Opção